Pátria e a Bíblia

Publicado por: Paróquia São Marcos

Em Setembro comemoramos a Independência do Brasil e o Dia da Bíblia. Duas grandes ocasiões que merecem uma reflexão, uma análise de seu contexto em nossa vida.

Independência e Patriotismo. Celebrar a pátria, nossa independência, ser patriota é ir além do cantar o Hino Nacional, assistir ao desfile cívico e militar ou hastear a bandeira. O patriotismo está dentro de cada um, e só nos tornamos patriotas quando entendemos que somos nós quem determinamos os fatos importantes à construção da nação em que estamos inseridos. De nada adianta a pátria livre, se o seu povo continua escravizado pelo desemprego, pela falta de perspectiva de uma vida mais saudável.

De nada adianta a Pátria livre, se à sua juventude não garantimos a possibilidade de plena realização, profissional e pessoal, se o futuro que a ela se desenha nada mais é do que uma inquietante interrogação. Por isso, ser patriota não é somente desfilar no dia 07 de setembro ou apenas, curtir um feriado prolongado, mas sim realizar e participar de atividades em prol da comunidade. Nossa Constituição confere a todos os cidadãos direitos iguais, mas nem todos são respeitados como deveriam, fazendo com que essas pessoas desfavorecidas, não sintam amor e respeito pela pátria.

Ser cristão é assumir sua missão, sair e anunciar a Boa Nova aos jovens de nosso bairro, escola ou cidade. A partir de ações concretas conseguiremos construir o novo!

E é nessa dualidade que a juventude cresce: entre a descrença do sentimento de patriotismo por causa das diferenças sociais, do descaso dos poderes públicos e as ações de patriotismo, como participação em ONG’s e trabalhos voluntários e na melhoria da educação do nosso município ou de um bairro.

Cristão e a Bíblia. E a Bíblia, qual sua importância? A bíblia é a palavra de Deus, a revelação dele e de seus ensinamentos a toda humanidade. Deus, através da Bíblia, nos chama à missão: anunciar o Evangelho e construir a Civilização do Amor. Esse chamado, na verdade, é um desafio à construção do Reino: na Igreja, na sociedade, na família, nos grupos de jovens, nas paróquias, nas escolas, nas associações comunitárias e nas causas sociais. Civilização do amor que é “aquele conjunto de condições morais, civis e econômicas que permitem à vida humana uma condição melhor de existência, uma racionalidade plena e feliz destino eterno” (Paulo VI, Discurso de encerramento do Ano Santo, 25/12/1975). Ser cristão é assumir sua missão, sair e anunciar a Boa Nova aos jovens de nosso bairro, escola ou cidade. A partir de ações concretas, conseguiremos construir o novo!

O jovem é chamado a ser cristão pela fé, pelo batismo e a ser cidadão pelo compromisso com a mudança da sociedade.

A Prática. Portanto, ser cristão assim como ser cidadão dependerá da práxis, ou seja, converter a teoria em ações. Dessa forma, renovaremos não só nosso compromisso patriótico, mas também cristão, inserindo os excluídos para que tenham uma vida mais independente, digna e com sentimento de que também eles são filhos desta pátria Mãe Gentil!

Feliz aquele que se compraz no serviço do senhor e medita sua lei dia e noite. (Salmo 1,2).

Luciana de castro Siciliani
Advogada, participante da Pastoral da Juventude
e coordenadora do Curso de Dinâmica para líderes