Domingo de Ramos

Publicado por: Paróquia São Marcos

A celebração do Domingo de Ramos é composta de dois momentos: o primeiro de exultação e alegria. O segundo, de sofrimento e de dor. Sentado num jumentinho Jesus entra na cidade de Jerusalém, enquanto o povo que vai à frente e atrás estende os mantos e ramos, aclamando: “Hosana ao Filho de Davi! Bendito o que vem em nome do Senhor! Hosana no mais alto dos céus” (Mt 21,9). Os que acompanhavam Jesus não imaginavam que alguns dias depois outros gritos seriam ouvidos nas ruas de Jerusalém: “Crucifica-o! Crucifica-o” (Jo 19,6).

Jesus é diferente dos demais reis. Seu reinado não é deste mundo nem visa o poder. As aclamações espontâneas do povo não agradaram aos que detinham o poder. Certamente, muitos dos que aclamavam Jesus não o faziam por convicção, mas por influência da massa humana, como acontece ainda hoje; por isso mesmo, alguns dias pedirão a morte de Jesus.

A Paixão e Morte de Cristo se apresentam como caminho necessário para a vitória definitiva. A Paixão foi para Cristo a hora do testemunho supremo de toda sua vida. “Tendo amados os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim.” (Jo 13,1). Só o amor infinito pode explicar as desconcertantes humilhações do Filho de Deus. Na Paixão Cristo leva ao limite extremo a abnegação dos seus direitos divinos: não só os oculta sob as aparências da natureza humana, como a eles renuncia até submeter-se ao suplício da cruz e expor-se aos insultos mais amargos.

Com a celebração do Domingo de Ramos, abre-se a Semana Santa decisiva para Cristo e para nossa salvação. A Paixão vai se aproximando e Jesus não pode mais voltar atrás, por que Ele está realizando a vontade do Pai. A cruz, no entanto, não será o último acontecimento na história da salvação: o Filho do Homem deve sofrer muito, ser rejeitado pelos chefes de Israel, ser morto e depois de três dias ressuscitar. Somente a ressurreição pode dar pleno sentido à vida de Cristo; somente Ela dará sentido à nossa fé e ao seguimento de Jesus.