Nossa Senhora do Rosário de Fátima

Publicado por: Paróquia São Marcos

A devoção a Nossa Senhora do Rosário de Fátima é Cristocêntrica e bíblica. Já na primeira aparição em 13 de maio de 1917, ela pediu que rezássemos o terço pela paz do mundo e o fim da guerra (1914-1918). Nas aparições seguintes, que finalizaram em 13 de Outubro, ela repetiu a recomendação para a oração do terço, importante. É sabido que a Igreja, após o rigoroso inquérito canônico, aprovou as sempre oportunas Mensagens de Fátima, inclusive a insistente recomendação pelas comunhões reparadoras dos primeiros sábados.

Em Fátima Maria se identificou, dizendo: “Eu sou a Senhora do Rosário”. Reafirmou o que a Igreja recomendou, após a milagrosa vitória na batalha de Lepanto, em 07 de outubro de 1571. Recorda-se, de passagem, que na época os Turcos Muçulmanos, com poderosa frota e exército, investia, furiosamente, massacrando a Igreja, ou seja, os católicos, pondo-nos em eminente perigo. Pio IX o papa do rosário, mandou a cristandade rezar o terço. Todos o rezavam e os combatentes, principalmente, comandados por Dom João d’Austria, filho de Carlos V e o Capitão Colona, da estirpe da ilustre Família de Genazano, onde está situado o milagroso Santuário de Nossa Senhora do Bom Conselho. Nossa frota era pequena, mas a fé e a coragem eram grandes, para enfrentar a terrível batalha que teve lugar no Golfo de Lepanto, enquanto Pio V e os outros rezavam.

A batalha foi renhida, mas com a proteção de Nossa Senhora do Rosário e contra toda a esperança, Dom João d’Austria, corajosamente, abordou a nau Capitânia. Cortaram a cabeça de Ali Pachá e os turcos se apavoraram e em pânico fugiram, enquanto eram libertados milhares de cristãos presos nos porões. Pio V teve a revelação de nossa vitória, agradecendo a Nossa Senhora do Rosário, cuja festa autorizou em 07 de Outubro.

O terço é cristocêntrico, como nos ensina o autorizado autor do Tratado de devoção a Nossa Senhora, São Luiz Maria G. de Monfort, indispensável em nossas bibliotecas. Conta-se que o grande Mariólogo e devoto João Paulo II, depois que o leu na sua mocidade se convenceu de que o autorizado autor citado nos leva a adorar cada vez mais a Jesus. Até porque é verdadeira a sentença: “Ad Jesus per Mariam” : “A Jesus por Maria”.

Quem ainda não leu o imortal “Magnificat”, o Cântico de Nossa Senhora? Ela tudo atribui a Deus, que se dignou “olhar para sua serva”. “Por isso todas as gerações me chamarão de Bem-aventurada” (Lc 1,48). O terço é eclesial, sempre recomendado pela Igreja, através de 44 Papas que o rezavam, menciona o padre Valério Alberton SJ no seu livro relatando os milagres. No terço meditamos os mistérios da vida de Nosso Senhor Jesus Cristo. E a Ave Maria, oração na qual saudamos a Nossa Senhora com as mesmas palavras do Anjo Gabriel e de Isabel, tal como está no Evangelho de Lucas, é, portanto, bíblica.

Daí o valor, a aprovação, o poder miraculoso e a devoção popular. O Pai Nosso, rezado no início de cada dezena do Terço, foi ensinado por Jesus e está na Bíblia, assim como parte da Ave Maria. Rezando o terço diante do Santíssimo Sacramento a Igreja nos concede a indulgência plenária. É sabido que grandes homens como Ampere, rezavam o terço.

O Brasil ganhou a batalha de Tuiti, após o exército ter rezado o terço do dia 24 de maio de 1866 – dia de Nossa Senhora Auxiliadora. E as corajosas senhoras católicas, milhares, rezaram o terço com Deus pela liberdade do Brasil contra o Comunismo ateu em 1964, conforme nos relata o Padre Valério Alberton SJ, depois de ter viajado por todo o Brasil.

Os católicos precisam estudar e conhecer melhor estas verdades e não ignorá-las. Inclusive, uma das conclusões do Congresso Mariológico de Saragoça com teólogos protestantes e padres católicos, admite a invocação a Nossa Senhora e aos santos, conforme o Ecumenismo.

Não podemos admitir que nenhum cristão católico ignore ou combata o Terço. Ao contrário, atendamos ao pedido insistente de Nossa Senhora do Rosário de Fátima: “Rezemos o Terço todos os dias e não ofendam mais Nosso Senhor que já está muito ofendido”. (13 de Outubro de 1917).

Nota:

Por ocasião das solenes celebrações do 90.º aniversário das aparições de Nossa Senhora em Fátima, no próximo dia 13 de Maio , o Cardeal Ângelo Sodano vai presidir à Peregrinação Internacional de Maio, a 12 e 13, na qualidade de Legado Pontifício, isto é, estará em Fátima como representante do Santo Padre Bento XVI.

Neste ano também, no dia 28 de Março celebramos o centenário do nascimento da Ir. Lúcia, uma das videntes de Fátima. A principal protagonista das Aparições de Fátima nasceu em 28 de Março de 1907, em Aljustrel, paróquia de Fátima, e faleceu no dia 13 de Fevereiro de 2005.