Medicina e Ministério Sacerdotal
Neste mês de Março, que recorre o 120° aniversário da morte do Bem-Aventurado Pe. Giácomo Cusmano, que foi médico e sacerdote, pensei então, em escrever neste jornal, uma reflexão sobre este assunto.
A medicina, como sabemos, é muito importante para a vida dos homens. Graças a ela podemos nos curar de muitas doenças e superar muitas situações desagradáveis da vida, como fraturas de ossos, tumores, cegueiras, sangramentos, etc. Com culpa ou não, as doenças e as desventuras chegam quando menos esperamos e nós temos a necessidade de atendimento médico e do tratamento com medicamentos. Mas nem tudo pode ser resolvido com a medicina, também se cobre todas as patologias físicas e psíquicas. De fato existem outras patologias, aquelas que interessam a alma, e estas só podem ser curadas pelo Ministério Sacerdotal, pois este é mediação entre os homens e Deus, graças ao Sacerdócio de Jesus Cristo, do qual os Sacerdotes participam.
O Bem-aventurado Pe. Giácomo Cusmano exerceu a medicina do mês de Junho de 1855, quando formou-se em Medicina, até antes da sua ordenação sacerdotal, realizada no dia 22 de Dezembro de 1860. Era um médico dedicado, sua missão era de dedicação total ao próximo, como o Bom Samaritano. Ele sarava as feridas, curava os doentes, dava coragem e ainda aconselhava os pacientes de se aproximar do médico por excelência, Jesus Cristo, através de seus ministros que são os Sacerdotes, para receber em modo particular os Sacramentos da Reconciliação e da Eucaristia, que curando as almas, ajudam também a curar os corpos.
O Bem-aventurado dizia aos seus pacientes que ele os curava, mas Deus os sarava. Contudo, nem tudo podia fazer para eles como médico, em modo particular pelas chagas interiores das almas, pelas partes pútridas das mesmas, a causa dos pecados nunca confessados ou mal confessados, pelo fedorento estar dos outros que tinham mal caráter, cheios de arrogância e de superbia e se desinteressavam dos Pobres.
Só tinha, e tem uma possibilidade, para ir ao encontro e vencer os males mais resistentes, aqueles da alma, aceitar Jesus Cristo na própria vida e fazer parte da sua Santa Igreja, nutrindo-se todo dia da palavra de Deus, rezando, observando os mandamentos divinos, recebendo frequentemente os Sacramentos, e estes são possíveis só graças aos ministros de Cristo, que são Sacerdotes.
Assim o Bem-aventurado Pe. Giácomo Cusmano, deveio de administrador da saúde dos corpos, recebendo a Ordenação Sacerdotal, administrador da saúde das almas. E não só isto, foi capaz de unir os ricos e os pobres, seja na mesa dos alimentos terrenos, seja na mesa do alimento celeste, a Eucaristia.
Sabemos bem como ele despendeu a sua vida pela obra do Bocado do Pobre, nas três articulações: Leigos, Irmãs Servas dos Pobres e Missionários Servos dos Pobres. A Associação dos Leigos, compreende não só os homens e as mulheres que ajudam, mas também os Pobres, mesmo que recebam a ajuda. Porque todos no Bocado do Pobre, recebemos e damos. Os ricos recebem a alegria de dar e a recompensa dos misericordiosos, que é a mesma misericórdia de Deus com eles, os pobres recebem o necessário para o próprio sustento e bendizem Deus e os benfeitores.