Mateus 20,1-16

Palavra de Deus para este dia 23-8-2017.

Mateus 20,1-16 – PARÁBOLA DOS OPERÁRIOS DA VINHA.

Parábola do mundo do trabalho na agricultura: agricultores e patrão. Se hoje existe, às vezes, exploração e abuso entre operários e patrões, imaginem naquele tempo de Jesus. Os empregados foram contratados nas diferentes horas do dia e todos no final receberam a mesma paga, o suficiente para o sustento diário duma família. Vemos aí a sensibilidade do patrão. Ele não conta as horas trabalhadas, mas o que o trabalhador precisava para sua dignidade diária.

Muitas vezes reclamamos por ter trabalhado tanto e não sermos valorizados. Outros trabalham pouco e recebem muito mais. Infelizmente é a triste realidade do mundo do trabalho em nossos dias.

Esta parábola de Jesus tem um “grito de denúncia” forte para os dias de hoje! Infelizmente, ou felizmente, não sei, a lógica do Reino não é igual a lógica humana. Em nossa sociedade a pessoa vale pelo que produz, logo, quem não produz não tem valor. Ora, o idoso, o doente, o excepcional não produz, então na tem valor! O patrão da parábola, que representa o Pai, todo poderoso, não pensa assim. Ele vê cada pessoa humana, mesmo a inválida com os mesmos direitos dos que produzem.

Para o Reino, o importante é a vida, não a produção; o importante são as pessoas com sua dignidade, não o dinheiro.

A partir da parábola de hoje, valorizemos mais as pessoas, olhemos pelos mais pobres e dependentes, vivamos mais a vida em fraternidade e comunidade. Experimentos a gratuidade de Deus Pai, que provê todas as necessidades dos seus filhos e filhas amados Dele. Não podemos discriminar pessoas por qualquer motivo e nem podemos fechar nossos corações.

Queremos fazer parte do Reino do Senhor. Queremos ter também a justiça de Deus e estejamos em sintonia com o que Ele espera de nós. A recompensa é a salvação e a satisfação sem medida pelo bem que tivermos feito. Somos todos iguais, com os mesmos direitos e deveres. Somos todos filhos de um Deus que é Pai e provê nossas necessidades, também pela nossa partilha.

(Pe. Mauro Zandoná, SdP).