FESTA DA ANUNCIAÇÃO

Publicado por: Paróquia São Marcos

FESTA DA ANUNCIAÇÃOA Igreja celebra a importante festa da Anunciação da Virgem Maria no dia 25 de março, desde o ano 446, lembrando a Encarnação do Verbo no seio virginal de Maria, por obra do Espírito Santo. Portanto, ela permaneceu a sempre Virgem Maria.

O saudoso papa João Paulo II, o incomparável Mariólogo, explica: “Maria encontra-se profeticamente já delineada na promessa da Vitória sobre a serpente, feita aos primeiros pais caídos do pecado, segundo o Livro do Gênesis (cf. 3,15)”.

Ela é igualmente a Virgem que conceberá e dará a luz um Filho, cujo nome será Emanuel (Deus conosco) segundo a profecia de Isaías (cf. 14 e LG. 55).

A vinda ao Mundo do Filho de Deus é o grande acontecimento narrado nos primeiros capítulos do Evangelho, segundo S. Lucas e S. Mateus. Maria, na Encarnação, não podia humilhar-se mais do que se humilhou e Deus não podia exaltá-la mais do que exaltou (Mt 23,12 e LG 8).

O mensageiro Gabriel saúda a Virgem: “Salve ó cheia de graça” (Lc 1,28) e bendita entre as mulheres (Lc 1,42).

Antes de dar o Fiat (o seu sim) Maria manifesta seu voto de perpétua castidade, concorrendo para a salvação do Mundo. Ou seja, para a “obra dos Séculos” na judiciosa expressão de Paulo VI, em 1974.

O sempre inspirado Mariólogo santo Afonso, nas perenes “Glórias de Maria” nos diz: “Eis que Maria já responde ao Anjo: Eis aqui a Serva do Senhor, faça-se em mim segundo a vossa palavra. Eis a resposta mais bela e mais prudente que nem toda a sabedoria dos homens e dos anjos poderia inventar se nela pensassem um milhão de anos. Resposta que apenas saída do humilde coração de Maria, atraíste ao seio do Pai unigênito Filho, para fazê-lo homem, no seio puríssimo da Virgem Maria”.

Exclama S. Tomaz da Vila Nova: “com o Fiat criou Deus a luz, o céu, a terra, mas com este Fiat de Maria, um Deus se fez homem como nós”. (Glórias de Maria pg. 224, 4ª Edição, já com 800 eds.).

No capítulo VIII de LG – Pequeno Tratado de Mariologia, na feliz expressão de João Paulo II, lemos: “Deus quis que a Encarnação fosse precedida da aceitação de Maria...” Esta união da Mãe com o Filho na obra da salvação, se manifesta desde o momento da concepção virginal de Cristo até a sua morte.



CONSAGRAÇÃO DO MUNDO E DA RÚSSIA AO IMACULADO CORAÇÃO DE MARIA – DIA 25 DE MARÇO.



A irmã Lúcia, no seu último livro escrito por ordem do seu superior, nos explica esta Consagração com toda a verdade, esclarecendo: “Esta Consagração foi feita pelo S. Padre João Paulo II, em Roma, publicamente, no dia 25 de março de 1984, diante da imagem de N. Senhora, que se venera na Capelinha das Aparições, na cova da Iria, Fátima. O S. Padre, depois de ter escrito a todos os bispos do mundo se unissem a sua santidade, neste ato de consagração que ia fazer mandou levar à Roma propositadamente, para marcar bem que a Consagração que ia fazer diante desta imagem é a pedida por N. Senhora de Fátima.

Bem conhecido é de todos que se estava num dos momentos mais críticos da história da humanidade em que as grandes potências, hostis entre si, projetavam, preparando-se para uma guerra nuclear (atômica) que viria destruir o mundo, se não em todo, na maior parte, e o que ficasse, com possibilidades de sobrevivência? E quem seria capaz de demover esses homens arrogantes entrincheirados nos seus planos e projetos de guerra, nas suas idéias violentas, ideologias atéias, escravizadoras e dominadoras, crendo – se os senhores do Mundo inteiro a cambiar tudo isso para o contrário? A pedir um encontro e dar-se um abraço de paz? A mudar os seus projetos de guerra em projetos de paz? De injustiças agressivas e violentas, em projetos de auxílio e ajuda, reconhecendo os direitos da pessoa humana, abolindo a escravatura?

Quem, senão Deus, foi capaz de atuar nessas inteligências, nessas vontades, nessas consciências, de modo a levá-las a um tal câmbio, sem receio de revoltas contrárias dos seus e dos estrangeiros?

Só a força de Deus, que atuou em todos, levando-os a aceitar em paz, sem revoltas, sem oposições, sem condições. “Quem como Deus?”.

E mais ainda movendo um dos principais chefes do comunismo ateu (Gorbachóv) a pôr-se a caminho para ir a Roma encontrar-se com o S. Padre – que, talvez, sem ele disso se dar conta, acabava de fazer a Consagração da Rússia ao Coração Imaculado de Maria, pedida por N. Senhora de Fátima – reconhecendo-o como supremo representante de Deus, Jesus Cristo, sobre a terra, como chefe da única verdadeira Igreja fundada por Jesus Cristo, para dar-se o abraço da paz, pedindo perdão pelos erros do seu partido. Dando assim ao Mundo um testemunho de fé e confiança na Igreja do único verdadeiro Deus”.

A irmã Lúcia, na mesma página 55 do livro, quando passa a falar da Onipotência de Deus que tudo pode, levando os responsáveis a colaborar, prestar auxílio e a enveredar por um caminho melhor, de paz, de justiça e verdadeira liberdade religiosa, reconhecendo os direitos da pessoa humana e abolindo a escravidão, em suma, libertando o Leste Europeu e escravidão Russa.