Assunção de Nossa Senhora

Publicado por: Paróquia São Marcos

Assunção de Nossa SenhoraNa Encíclica “Mãe do Redentor”, o Papa João Paulo II, devotíssimo da Virgem Maria, assim se pronunciou na conclusão: “Ao anunciar o Ano de Maria, eu precisava ainda que seu encerramento será na solenidade da Assunção de Nossa Senhora ao Céu, querendo realçar o “sinal grandioso no Céu”, de que fala o apocalipse. Desse modo, queremos também por em prática a exortação do Concílio, que olha para Maria como um “sinal de esperança segura e de consolação para o Povo de Deus peregrino”. E essa exortação foi expressa pelo Concílio, com as seguintes palavras: “Dirijam todos os fiéis súplicas incessantes à Mãe de Deus e dos homens, para que Ela, que assistiu com suas orações os começos da Igreja, também, agora no céu, exalta acima de todos os bem-aventurados e dos anjos, interceda junto de Seu Filho, na comunhão de todos os santos, até que todas as famílias dos povos, quer os que ostentam o nome cristão, quer os que ignoram ainda o Salvador, se reúnam felizmente, em paz e concórdia, no único povo de Deus, para a glória da Santíssima e Indivisa Trindade”. (N. 50 e Lumem Gentium, 69).

A Festa da Assunção gloriosa da Virgem Maria, em corpo e alma ao Céu, tem origem assaz remota e já os primeiros cristãos a celebravam, segundo a Tradição. Essa crença universal hoje está embasada num dogma de Fé definido pelo Papa Congregado Mariano Pio XII, em 1 de Novembro de 1950, proclamado urbi et orbi, a Assunção gloriosa de Maria, a Imaculada Mãe de Deus, sempre Virgem, no termo de Sua Vida terrena, foi elevada com Seu Corpo e Alma, à glória celeste. Palavras medidas, inspiradas pelo Espírito Santo ao “Doce Cristo na Terra” numa frase densa, com alusão a Imaculada Conceição, a maternidade Divina e a Virgindade Perpétua de Maria.

De passagem lembramos a relação entre a imaculada Conceição, a Maternidade Divina, a Virgindade Perpétua e a Assunção é de alta conveniência que a vitória inicial de Maria sobre Satanás (uma mulher esmagará a tua cabeça, Gênesis), termine com uma vitória sobre a morte. Concebida sem pecado, não se sujeita às conseqüências da morte e da corrupção, que entrou no Mundo pelo pecado. E Maria nos deu a Vida pela Graça. Mistério final, logicamente ligado ao mistério inicial. Compreende-se que o amor filial intenso do Filho tenha querido a glorificação de Sua Mãe, que lhe deu a carne – o Verbo se fez carne, e a antecipação da ressurreição, que lhe deu a visão permanente da Santíssima Trindade. O teólogo anglicano, convertido Edward Rich, relata que no dia de Pentecostes, pensando na Eucaristia, “Isto é o Meu Corpo”, viu a unidade da Fé Católica e o lugar de Maria e de Sua Assunção (The Catolic Herald, 25-V56, apud Maria Advogada Nossa, do Cardeal L. J. Suenens, Liv. Ed. Flamboyant, 1958). “Creio na ressurreição da carne”.

Vamos transcrever, desse mesmo autor uma página maravilhosa, a nos infundir muita confiança na bondade e misericórdia do Imaculado Coração de Maria, verbis: “Na Assunção, a maternidade, Maria assume toda a eficiência. Ela universaliza Seus benefícios. Maria torna-se Medianeira junto ao Mediador. Recebe o poder de nos olhar, e para cada um de nós, com olhar maternal. Abismada em Deus pela visão beatífica, nos conhece, um por um, pelo nosso nome e sabe toda a nossa história. No Fiat e no Calvário, Maria nos concedeu e deu à luz a todos nós, mas coletivamente. Depois, no Céu, Sua ação assume caráter mais individual. A visão beatífica não a desvia de nós; pelo contrário; Ela intensifica a Sua presença e individualiza o Seu amor. Mergulhando-se em Deus, e sem desviar D’Ele, é que Maria se inclina para nós, segue-nos passo a passo, conhece nossas menores necessidades”.

Portanto, segundo o conselho de Santo Afonso de Liguorio, confiemos no Poder e na Misericórdia da Virgem Maria, mas, como Ela pediu: “Rezai o terço todos os dias”.