A carta mais cumprida de Amor

Publicado por: Paróquia São Marcos

A carta mais cumprida de AmorDe tantas longas cartas de amor já escritas, existe uma mais cumprida. É aquela que Deus escreveu à humanidade, mostrando a ela o seu amor e o seu carinho. E como todas as cartas esperam uma resposta, também aquela de Deus espera uma resposta: a nossa resposta de amor.

Vejamos esta carta, que contém mais de 2000 páginas (cfr. Bíblia de Jerusalém), 73 livros, dos quais, 46 do Antigo Testamento e 27 do Novo Testamento.

“Meu filho, você próprio que está lendo, sabe que a tua vida, a tua existência, a deves a mim que te criei e te amei antes que o mundo fosse, em modo que tu possas ter a liberdade de agir e assim procurar os frutos da árvore da vida para viver sempre, como eu vivo sempre, eu sou o Eterno. Te coloquei num jardim de delícias, mas escolhestes comer não os frutos da árvore da vida, mas escolhestes obedecer a ela, em vez que a mim, a uma horrível criatura em vez que ao Criador. E a causa disto experimentaste o medo, a vergonha e o castigo. Mas eu não deixei de amar-te, te prometi um Salvador.

Fora do Paraíso procuraste de corresponder, com tudo o cansaço e a dor. Mas experimentaste também a ira mortal até matar o teu único irmão Abel, a causa da inveja que era aninhada no teu coração. A tua infidelidade aumentou na mesma medida que aumentaste a tua descendência. A minha preocupação porém era tanta, que não achei outro remédio que uma grande enchente (o dilúvio universal), para purificar toda a humanidade. Salvei só Noé e sua família para continuar a sua espécie junto aos animais que foram reparados na arca. O dilúvio prefigurava o Batismo. Noé prefigurava Jesus Cristo, meu Filho que enviarei depois para salvar toda a humanidade. Mas cedo os homens esqueceram-se de mim, preferiram adorar outros deuses que nem existem, animais e coisas inferiores a eles, sacrificar os próprios filhos em vez que os animais que naquele tempo eu pedia. Então chamei naquela babel Abrão para deixar aquele pai junto a Sara, e ao seu sobrinho Lot, para uma terra onde jorra leite e mel, mas o mais importante eu, graças à sua obediência, criei o meu povo eleito, do qual vira o Messias. Abrão depois gerou Isaac, Isaac gerou Jacó, gerou Judas e seus irmãos. Preferi Jacó a Esau, Judas aos outros seus irmãos, mas como homem da minha providência, escolhi José, que salvou seu pai e seus irmãos da fome; agora o Santo da Providência é são José, pai de criação do meu Filho.

Eu não gosto do sofrimento dos homens, tanto que quando o meu povo sofreu pela escravidão do Egito, chamei Moisés para libertá-lo e no deserto ensinei quanto é grande o meu amor por eles. Lhes dei uma lei justa e um alimento celeste, para que compreendessem a importância do meu ensinamento e da Eucaristia que um dia meu Filho instituiria. Depois que o meu povo passou 40 anos no deserto, precisou ele combater diversos povos. Também agora chamo os homens a retirar-se do mundo para encontrar-se comigo e ser testemunhas do Absoluto, a lutar não mais contra outros homens, mas contra as paixões pecaminosas. O meu povo depois quis um rei, e lhes dei Saul, Davi e Salomão, e depois outros que nem sempre foram-me fiéis. Enviei diversos profetas para despertar o meu povo do sono da morte, que é o pecado e para iluminar a trajetória da salvação, mas foram mal recebidos e até mortos.

Enfim enviei o meu único Filho, mas o mataram. Eu o ressuscitei ao terceiro dia para que o seu sacrifício fosse útil para perdoar e ter mais vida. Não quero que vocês vivam a vida à toa, mas uma vida iluminada pela Palavra, vivida no Amor, nutrida pela Eucaristia. Quero que como meu Filho, tenham além da vossa mãe particular, a Mãe por excelência, Maria. É Ela que não me deixa nem um minuto sequer sem interceder por vós, não lhes sejam ingratos. Ela, como Eu, quer a vossa salvação eterna”.

Esta carta que acabaram de ler não é que o resumo da grande carta de amor que Deus nos escreveu. Não deixe o dia passar sem ler ao menos uma página dela.